quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que se bebe, hein? - Itália


Terra dos vinhos, das massas, mamas, nonas! Responsável pela expansão da viticultura mundial. Terra de sabores diversos e característicos que marcam a coquetelaria mundial, bitters, vermouths e amaros de ótima qualidade e tradicionalmente consumidos entre outras tantas delicias etílicas que também representariam muito bem este país. A coluna "O que se bebe, hein?" de hoje tem como tema a Itália


Vinhos: Com mais de mil tipos de uvas regulamentadas e uma legislação de conselho regulador de fabricantes para lá de controversa, torna-se bem difícil adentrar neste mundo se não se for bom conhecedor desse país. Destacamos a vocês vinhos que são determinantes para se entender a Itália e seu modo de comer e beber.

Mapa das principais uvas (clique para ampliar)
Dois nomes entre os tintos se destacam e descrevem a cultura do vinho como parte de uma refeição completa. São eles Barolo e Barbaresco

Ambos do Piemonte, feitos a partir da uva Nebbiolo, combinam mais do que bem com as massas, molhos e carnes substanciosas, com seu estilo robusto, cor quase negra e bons taninos. Não é um tipo de vinho para beira da piscina ou para amantes de vinhos delicados.

A Itália tem outros tantos excelentes vinhos, brancos, espumantes e de sobremesa. Cada região desse país se orgulha de sua gastronomia e de seu estilo de produzir vinho. Mas falar de cada um desses vinhos seria tema para  diversos artigos, então segue o jogo.




Vermute: Confirmadamente produzido desde a época dos antigos romanos, este vinho modificado já sofria infusão de ervas para melhorar/intensificar o sabor e aroma. 

As infusões de cascas, raízes etc. serviam também para aumentar a durabilidade da bebida. Com receitas complexas, são produzidos com mais de 150 tipos de ervas utilizadas também para produção de bitters e licores. Nos secos Camomila, nos tintos Genciana e nos doces Daunilha, ruibarbo, casca de frutas cítricas são também utilizadas.     
Os vermutes são utilizados amplamente em coquetéis, bebidos como aperitivos e com bastante gelo. É corriqueiro beber com muito gelo e soda para refrescar.

Fernet: Criado em 1845 por Bernardino Branca em Milão. Em sua preparação era mexido com uma barra de ferro. Os italianos bebem também misturando no café. Um verdadeiro Amaro.

Campari:  inventado pelo italiano Gaspare Campari entre 1862 e 1867. Ainda hoje o produto tem a mesma composição original, graças à fórmula que foi guardada em segredo por quase 150 anos. Sua gradação alcoólica pode variar entre 20,5% a 28% dependendo do país onde é vendida.



Grappa: uma aguardente italiana, derivada de bagaços da uva, talos e caroços. A Grappa é ardebte e seca, pode ser amaciada em barris de madeira atenuando ardor e enriquecida com aromas da madeira. É um destilado de 40 vol., em média.

Limoncello é um licor de limão produzido originalmente no sul, especialmente na região do golfo de Nápoles, na costa Amalfitana e nas ilhas de Ischia e Capri, havendo também produção na Sicília e na Sardenha. É feito à base de limão,álcool, água e açúcar



Caffè Borghetti (Borghetti Caffe Sport): É um licor de café. Em geral, é consumido pura ou com gelo. Por vezes é utilizado como uma variante de um cocktail. Também é por vezes usado em sobremesas, como tiramisu. É comercializado em frascos de 100 cl, 70 cl, 10 cl, cl 3 frascos e cl 3 plástico, projetado para uso dentro dos estádios.
Foi criado em 1860 por Ugo Borghetti , proprietário de um bar chamado "Café Sport", por ocasião do nascimento da linha ferroviária. Inicialmente constituído por uma mistura de café e álcool servido a viajantes na estação ferroviária próxima, sua receita foi posteriormente refinada com uma mistura de Coffea arabica e Coffea robusta. Borghetti começou então a produzir em escala industrial e foi distribuído pela Carpano em toda a Itália. Mesmo o design do rótulo com o qual ele seria, uma vez que foi concebido pelo inventor Borghetti ainda engarrafada. Em 1982, 50% da propriedade da marca foi adquirida pela Destilarias Irmãos Branca, que a lançou a nível internacional e que assumiu a outra metade em 2002.

Café: Consumido largamente em todo o pais. É levado a sério na Itália, tendo boa qualidade e um alto numero de cafeterias per capta. A mistura de licores ao café é mais do que tradicional. A própria mistura de  café com leite dar-se Capucino, com espuma de leite Machiato e assim vai. Uma recente pesquisa realizada no país mostra que cada italiano toma, aproximadamente, 600 xícaras de café expresso por ano, o maior índice do mundo.                                                                                                                                    

O Autor:
Rodolfo Sousa Bob Rodolfo Sousa Bob é gastrônomo, mixologista, treinador. Sommelier formado pelo SENAC. Especialista nível 2 Wine and Spirits Education Trust. Administrador do blog OBARVIRTUAL.

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