Weissbier com brie, pale ale com gruyère, stout com gorgonzola: chame os amigos para uma deliciosa e surpreendente harmonização com cervejas
Texto Patricia Oyama | Fotos Iara Venanzi | Realização
Cláudia Pixu | Produção Henrique Morais
A cerveja continua a ser a companhia imbatível para petiscos
de boteco. Mas, de alguns anos para cá, ela ganhou espaço onde antes os vinhos
reinavam absolutos. Eventos de harmonização de queijos e cervejas não soam mais
como maluquice de quem bebeu além da conta. Pelo contrário: a cada ano, aumenta
o número de fãs dessa combinação. Apesar de ainda ter ares de novidade por aqui,
a união de loiras (e ruivas e morenas) com queijos é um caso de amor antigo. “São
muitos os países que produzem queijos de qualidade e que não possuem condições
adequadas para o cultivo de uvas vitiviníferas, como a Grã-Bretanha e a
Holanda”, diz o maître fromager Jair Jorge Leandro. Por
outro lado, esses lugares fabricam cervejas especiais há séculos. Nada mais
natural do que servir juntos os dois produtos de excelência.
Razões para esse casamento dar certo não faltam: a carbonatação (gás) da cerveja ajuda a limpar as papilas gustativas e a cortar a gordura do queijo, explica a beer sommelière Carolina Oda, da importadora Tarantino. A variedade de cervejas possibilita tanto harmonizações por contraste (bebida adocicada e queijo salgado, por exemplo) quanto por similaridade (notas amendoadas em ambos os elementos). E há ainda o argumento de que a cerveja nada mais é do que o pão líquido, lembra Carolina, ou seja, o par perfeito para um bom naco de laticínio.
Ficou animado para chamar os amigos e pôr as teorias em prática? Para ajudar você nessa empreitada, Casa e Comida fotografou um encontro comqueijos e cervejas no apartamento do arquiteto Nelson Kabarite, com muitas ideias de decoração. Se quiser incrementar a noite, prepare as receitas do chef João Belezia, do bufê que leva seunome, especialmente pensadas para acompanhar a bebida. A reportagem traz ainda dicas de harmonização dos especialistas e sugestões de rótulos. Aproveite as indicações, mas não se reprima: o mais bacana dessas reuniões é descobrir as suas combinações favoritas
Razões para esse casamento dar certo não faltam: a carbonatação (gás) da cerveja ajuda a limpar as papilas gustativas e a cortar a gordura do queijo, explica a beer sommelière Carolina Oda, da importadora Tarantino. A variedade de cervejas possibilita tanto harmonizações por contraste (bebida adocicada e queijo salgado, por exemplo) quanto por similaridade (notas amendoadas em ambos os elementos). E há ainda o argumento de que a cerveja nada mais é do que o pão líquido, lembra Carolina, ou seja, o par perfeito para um bom naco de laticínio.
Ficou animado para chamar os amigos e pôr as teorias em prática? Para ajudar você nessa empreitada, Casa e Comida fotografou um encontro comqueijos e cervejas no apartamento do arquiteto Nelson Kabarite, com muitas ideias de decoração. Se quiser incrementar a noite, prepare as receitas do chef João Belezia, do bufê que leva seunome, especialmente pensadas para acompanhar a bebida. A reportagem traz ainda dicas de harmonização dos especialistas e sugestões de rótulos. Aproveite as indicações, mas não se reprima: o mais bacana dessas reuniões é descobrir as suas combinações favoritas
Dicas para a harmonização
1. Quanto mais forte for o queijo, mais potente
deve ser a cerveja. “Quando falamos em potência na cerveja, falamos em álcool e
amargor”, diz a especialista Carolina Oda.
2.Comece sempre com cervejas mais leves e queijos mais suaves, para depois ir para os rótulos mais encorpados e queijos mais fortes.
3.Para todo mundo sair da degustação “inteiro”, limite o número de rótulos a cinco. Uma boa medida é beber de 150 ml a 200 ml de cada tipo de cerveja.
4.Tenha pelo menos três tipos de queijo: um adocicado e/ou frutado (estepe, gruyère e em mental, por exemplo), um mais salgado (parmesão) e outro com fungos (brie, camembert).
5. Sirva água à vontade durante a degustação. Ela serve tanto para limpar o paladar como para amenizar os efeitos do álcool.
6.A temperatura de serviço das cervejas varia de 2 oC a 14 oC. Quanto mais alcoólica e complexa for a bebida, menos refrigeração ela pede. A recomendação para uma porter, por exemplo, costuma ser de 8 oC a 12 oC. Já uma pilsen cai bem estupidamente gelada.
Fonte: Carolina Oda, sommelièrede cerveja da importadora Tarantino; Guilherme Costa, sommelier de cerveja do Melograno; e Disney Criscione, gerente de relações institucionais da Tirolez e queijólogo
2.Comece sempre com cervejas mais leves e queijos mais suaves, para depois ir para os rótulos mais encorpados e queijos mais fortes.
3.Para todo mundo sair da degustação “inteiro”, limite o número de rótulos a cinco. Uma boa medida é beber de 150 ml a 200 ml de cada tipo de cerveja.
4.Tenha pelo menos três tipos de queijo: um adocicado e/ou frutado (estepe, gruyère e em mental, por exemplo), um mais salgado (parmesão) e outro com fungos (brie, camembert).
5. Sirva água à vontade durante a degustação. Ela serve tanto para limpar o paladar como para amenizar os efeitos do álcool.
6.A temperatura de serviço das cervejas varia de 2 oC a 14 oC. Quanto mais alcoólica e complexa for a bebida, menos refrigeração ela pede. A recomendação para uma porter, por exemplo, costuma ser de 8 oC a 12 oC. Já uma pilsen cai bem estupidamente gelada.
Fonte: Carolina Oda, sommelièrede cerveja da importadora Tarantino; Guilherme Costa, sommelier de cerveja do Melograno; e Disney Criscione, gerente de relações institucionais da Tirolez e queijólogo
Tipo de queijo
|
Harmonização
|
Rótulos sugeridos
|
Fresco (minas, burrata) | Queijos leves, com sabor sutil, pedem cervejas tão leves quanto eles, como os tipos pilsen e kolsch | Bernard Celebration |
De cabra | Cervejas com certa acidez harmonizam por semelhança com as notas ácidas dos queijos de cabra. Exemplos: weissbier, witbier, saison e pilsen | Weihenstephaner, Hoegaarden, Baladin Wayan |
De mofo branco(brie, camembert) | Assim como esses queijos combinam com geleias, cervejas do tipo fruit beer, weissbier, witbier e saison fazem um bom casamento com eles, porque trazem a acidez que uma compota de frutas ofereceria | Baladin Isaac, Del Ducato New Morning, Weihenstephaner, Erdinger |
Semiduros(gruyère, emmental, gouda) | Cervejas com boa presença dos sabores de malte, teor alcoólico levemente elevado e suave doçura harmonizam com o maior teor de gordura dessa categoria de queijos, que podem trazer notas amendoadas. Exemplos: bock, pale ale, blond ale, brown ale, weizenbock | Rogue Dead Guy Ale, Brooklyn Brown Ale, New Castle, Eisenbahn Weizenbock, Eisenbahn Pale Ale, Batemans XXXB, Leffe Blond |
Duros (parmesão, grana padano, pecorino) | Queijos bem gordurosos e salgados pedem cervejas com alto teor alcoólico e bom corpo. Cervejas adocicadas, como Belgian strong ale, tripel e doppelbock, harmonizam por contraste. As com notas tostadas, como stout e porter, vão bem pela combinação do sabor tostado com o salgado. Já as lupuladas (com mais amargor), como India pale ale, ajudam a limpar o paladar da intensidade e da gordura do queijo | Achel Blond, Baladin Mielika, Baden Baden Stout, Guinness, Eisenbahn Strong Golden Ale, Paulaner Salvator |
Azuis(gorgonzola, roquefort, stilton) | Como são bastante intensos, gordurosos e salgados, os queijos azuis pedem uma cerveja com boa estrutura para equilibrá-los. O salgado pede doçura ou torrefação. A gordura pede amargor ou álcool, para limpar as papilas gustativas. Exemplos: Belgian strong ale, porter, stout, strong golden ale, tripel, barley wine | Rochefort 10, Colorado Demoiselle, Old Engine Oil, Chimay Cinq Cent, Tripel Karmeliet, Westmalle |
Defumados(provolone) | A combinação de uma cerveja defumada, como a rauchbier, com um queijo defumado é apaixonante para quem gosta desse estilo, interessante para curiosos e um bom acompanhamento para os que fumam charuto | Bamberg Rauchbier |
0 comentários:
Postar um comentário