domingo, 23 de junho de 2013

Diego Barcellos, J. Kennedy e Matheus Cunha, vencedores do DIAGEO World Class - Foi Batido ou Mexido?


OBarVirtual entrevistou Diego Barcellos, J. Kennedy e Matheus Cunha, vencedores do DIAGEO World Class, sobre a experiência de participar de um campeonato de abrangência global. Saiba como foi o preparo destes competidores e os desafios que enfrentaram.





Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou na preparação para a final do World Class Brasil?
Matheus Cunha (3° colocado):  Dificuldades foram muitas, desde encontrar tudo que eu queria, até tempo... não tive tanto tempo para me preparar, mas acho que grande parte da minha preparação veio do dia-a-dia do trabalho, com simpatia e amor. Para o Desafio Tropical Journey foi bem complicado, pois desde o mapa ate o baú foi feito com ajuda de muita gente. A arte do mapa, impressão do mapa, envelhecer o baú, cada coisa em um lugar longe do outro.Tivemos mais ou menos 20 dias para fazer tudo. Parece bastante tempo, mas não é... tudo exige tempo. Conseguir trabalhar, criar, fazer, treinar, estudar é muito complicado e acaba deixando a gente maluco!

J. Kennedy (2° colocado): A maior dificuldade que eu tive para a minha preparação para o World Class Brasil foi o pouco tempo que eu tive para preparar e testar minha receita, mas apesar disso, gostei muito do resultado final.

Diego Barcellos (1°colocado):  As longas noites em claro pensando na competição. Meus últimos oito meses foram de preparação total, mesmo sem saber qual desafio seria, então foram longas noites de estudos, testes, degustações... Depois de um tempo vi que estava exausto, procurei trabalhar mente e corpo, pois já tinha ganhado uns 10 Kg. Comecei a praticar Yoga e entrei no Muai Thay. Por incrível que pareça, meu rendimento melhorou e muito depois disso, tinha mais disposição, minha concentração melhorou e fez com que eu buscasse cada vez mais.

 Valeu a pena o investimento de tempo e dinheiro? 
Matheus Cunha:  Se valeu? Posso dizer que quando acabei minhas apresentações, fiquei com um sentimento de dever cumprido, antes mesmo de saber que tinha sido campeão da etapa retro chic e ter ficado em 3º lugar, por ter feito minhas apresentações exatamente como eu queria.Apenas a do Desafio Tropical Journey que acabei estourando o tempo, mas mesmo assim posso dizer que fiquei muito satisfeito com apresentação. Valeu a pena ver que a cada dia que  passa estamos mais unidos, mais próximos e isso é o que mais vale,  o crescimento de nossa classe. Hoje o bartender não é mais um garçom que sabe de bebida, mas sim que estuda, pratica  e leva muito a sério o que é ser um bartender. Todo investimento para coquetelaria para mim é valido, e ainda mais para um campeonato como a World Class.Uma coisa posso dizer, não gastei um real do meu bolso.Esse ano tive patrocínio do bar onde trabalho, isso é para poucos... Muitas vezes o próprio bar onde você trabalha não acredita em seu potencial, ou muitas vezes acredita, mas não que gastar dinheiro para isso. É uma pena haver donos de casa que pensam assim, pois quem está lá para disputar, não está sozinho e sim vestindo o nome na casa onde trabalha.Sou grato pelo bar que trabalho, e procuro retribuir a altura.



J. Kennedy: O investimento financeiro que eu fiz para esta competição não foi muito alto, mas o investimento de estudo, pesquisa e treino foi pesado. Mas apesar de tudo, valeu muito a pena.

Diego Barcellos: Sem dúvida, investimento faz parte. Acredito que todo profissional apaixonado pela profissão faria o mesmo, são coisas únicas que você encontra às vezes e tem oportunidade única de comprar, aí você vai e compra mesmo. Quer fazer bonito? Então tem que investir. 

Neste momento como você se sente, com o resultado da competição?
Matheus Cunha: Como eu me sinto? Muito feliz, com um sentimento de missão cumprida. Ter sido campeão do Retro Chic e ter ficado em 3º lugar me deu mais confiança, e me fez acreditar que estou no caminho certo.

J. Kennedy: Bom, o próprio resultado reflete a minha felicidade. Foi um evento muito legal onde procurei ensinar tudo que sei e busquei aprender o máximo possível também. O mais interessante aspecto na minha opinião foi o companheirismo com que fui recebido. Não me senti em momento algum em uma competição, estava todo mundo se ajudando e tranquilizando uns aos outros. Foi realmente uma amostra que os bartenders brasileiros estão cada vez mais unidos, e eu tenho certeza que somente assim poderemos subir ainda mais o nível da coquetelaria no Brasil.

Diego Barcellos: Alegria fora do comum. Me preparei desde a última edição no World Class, no qual fiquei em 4º lugar no geral e venci a etapa Ritual Zacapa, e fui conhecer a Guatemala. Chegando lá, você se depara com os campeões das etapas de seus países e se inicia uma competição entre os melhores da América Latina. Fui consagrado campeão e partir daí fixei a ideia de quer vencer o World Class a qualquer custo.

Como as competições interferem em sua carreira?
Matheus Cunha: Como interferem em minha carreira? Acho que em tudo. Evolução como pessoa, visão e amar cada dia mais o que faço. Sem contar convites, amigos, mídia, carreira etc... Gosto de competições, pelo encontro, por testar cada vez mais meus limites. Posso dizer que minha carreira mudou muito depois de disputar alguns campeonatos e de conhecer pessoas do Brasil todo.

J. Kennedy:  Esta é a terceira competição que eu participo e, particularmente, para mim o resultado sempre foi positivo, tanto na parte de divulgação do meu trabalho quanto na parte de aprendizado. Em resumo, tenho certeza que esse tipo de campeonato nos faz querer ir além, ser um profissional melhor, e nos ensina coisas que levaremos pro resto de nossa vida.

Diego Barcellos: Hoje digo que se tenho um destaque, boa parte é por conta das competições. Nos últimos seis campeonatos no qual participei, conquistei quatro. Isso te gera mídia, sua responsabilidade aumenta, porque se você se consagra o melhor, as pessoas esperam cada vez mais de você, então eu mesmo me cobro cada vez mais. Mas lembre-se que competição não é tudo, se você faz um bom trabalho na competição e deixa a desejar no bar que trabalha, algo de errado tem. Mas eu vejo que todos hoje focam nisso, procure tratar seu cliente da melhor forma possível e faça o mesmo na competição, assim você fica mais a vontade.


O DIAGEO World Class é a maior competição de bartending do mundo, desenvolvida pela DIAGEO RESERVE (divisão de luxo da empresa) para capacitar e inspirar a criatividade dos melhores bartenders, treinando suas habilidades e, muitas vezes, impulsionando suas carreiras. Conhecido como o Oscar da coquetelaria, chega a sua quinta edição em 2013, que contou com a participação de mais de 10 mil profissionais


A DIAGEO é a empresa líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, com uma incrível coleção de marcas nas categorias de bebidas alcoólicas, vinhos e cervejas, incluindo os uísques escoceses JOHNNIE WALKER®, J&B®, BUCHANAN’S® e OLD PARR, as vodcas SMIRNOFF®, KETEL ONE® e CÎROC™, o licor de creme irlandês BAILEYS®, a tequila DON JULIO®, o gim TANQUERAY®, os runs ZACAPA®, PAMPERO®, CACIQUE® e CAPTAIN MORGAN®, as cervejas GUINNESS® e RED STRIPE®, as cachaças Ypióca® e Nega Fulô ®. A empresa multinacional opera em 180 países. Suas ações são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (DEO) e na Bolsa de Valores de Londres (DGE).

Para mais informações sobre a DIAGEO, seus funcionários, suas marcas e seu desempenho, visite www.DIAGEO.com.

Veja as curiosidades do DIAGEO World Class Brasil pelo Facebook 


Celebrando a vida todos os dias, em todos os lugares, com responsabilidade.

O Autor:
Rodolfo Sousa Bob Rodolfo Sousa Bob é gastrônomo, mixologista, treinador. Sommelier formado pelo SENAC. Especialista nível 2 Wine and Spirits Education Trust. Administrador do blog OBARVIRTUAL.

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