OBarVirtual entrevistou Diego Barcellos, J. Kennedy e Matheus Cunha, vencedores do DIAGEO World Class, sobre a experiência de participar de um campeonato de abrangência global. Saiba como foi o preparo destes competidores e os desafios que enfrentaram.
Quais foram as maiores dificuldades que
você enfrentou na preparação para a final do World Class Brasil?
Matheus
Cunha (3° colocado): Dificuldades foram muitas, desde encontrar
tudo que eu queria, até tempo... não tive tanto tempo para me preparar, mas acho
que grande parte da minha preparação veio do dia-a-dia do trabalho, com
simpatia e amor. Para o Desafio Tropical
Journey foi bem complicado, pois desde o
mapa ate o baú foi feito com ajuda de muita gente. A arte do mapa, impressão do
mapa, envelhecer o baú, cada coisa em um lugar longe do outro.Tivemos mais ou
menos 20 dias para fazer tudo. Parece bastante tempo, mas não é... tudo
exige tempo. Conseguir trabalhar, criar, fazer, treinar, estudar é muito
complicado e acaba deixando a gente maluco!
J. Kennedy
(2° colocado): A maior dificuldade que eu
tive para a minha preparação para o World Class Brasil foi o pouco tempo que eu
tive para preparar e testar minha receita, mas apesar disso, gostei muito do
resultado final.
Diego
Barcellos (1°colocado): As longas noites em
claro pensando na competição. Meus últimos oito meses foram de preparação
total, mesmo sem saber qual desafio seria, então foram longas noites de
estudos, testes, degustações... Depois de um tempo vi que estava
exausto, procurei trabalhar mente e corpo, pois já tinha ganhado uns 10 Kg. Comecei
a praticar Yoga e entrei no Muai Thay. Por incrível que pareça, meu rendimento
melhorou e muito depois disso, tinha mais disposição, minha concentração
melhorou e fez com que eu buscasse cada vez mais.
Matheus
Cunha: Se valeu?
Posso dizer
que quando acabei minhas apresentações, fiquei com um sentimento de dever
cumprido, antes mesmo de saber que tinha sido campeão da etapa retro
chic e ter ficado em 3º lugar, por ter feito minhas apresentações exatamente
como eu queria.
Apenas a do Desafio Tropical Journey que
acabei estourando o tempo, mas mesmo assim posso dizer que fiquei muito satisfeito com apresentação. Valeu a pena ver
que a cada dia que passa estamos mais
unidos, mais próximos e isso é o que mais vale, o crescimento de nossa classe. Hoje o
bartender não é mais um garçom que sabe de bebida, mas sim que estuda, pratica e leva muito a sério o que é ser um
bartender. Todo
investimento para coquetelaria para mim é valido, e ainda mais para um
campeonato como a World Class.
Uma coisa posso
dizer, não gastei um real do meu bolso.
Esse ano tive patrocínio do bar onde trabalho, isso é para poucos...
Muitas vezes o próprio bar onde você trabalha não acredita em seu potencial, ou
muitas vezes acredita, mas não que gastar dinheiro para isso.
É uma pena haver donos de casa que pensam assim,
pois quem está lá para disputar, não está sozinho e sim vestindo o nome
na casa onde trabalha.
Sou grato pelo bar
que trabalho, e procuro retribuir a altura.
J. Kennedy: O investimento
financeiro que eu fiz para esta competição não foi muito alto, mas o
investimento de estudo, pesquisa e treino foi pesado. Mas apesar de
tudo, valeu muito a pena.
Diego
Barcellos: Sem dúvida,
investimento faz parte. Acredito que todo profissional apaixonado pela
profissão faria o mesmo, são coisas únicas que você encontra às vezes e tem
oportunidade única de comprar, aí você vai e compra mesmo. Quer fazer bonito?
Então tem que investir.
Neste momento como
você se sente, com o resultado da competição?
Matheus
Cunha: Como eu me
sinto? Muito feliz, com um sentimento de missão
cumprida. Ter sido campeão do
Retro Chic e ter ficado em 3º lugar me deu mais confiança, e me fez acreditar
que estou no caminho certo.
J. Kennedy: Bom, o próprio
resultado reflete a minha felicidade. Foi um evento muito legal onde procurei
ensinar tudo que sei e busquei aprender o máximo possível também. O mais
interessante aspecto na minha opinião foi o companheirismo com que fui
recebido. Não me senti em momento algum em uma competição, estava todo mundo se
ajudando e tranquilizando uns aos outros. Foi realmente uma amostra que os
bartenders brasileiros estão cada vez mais unidos, e eu tenho certeza que
somente assim poderemos subir ainda mais o nível da coquetelaria no Brasil.
Diego
Barcellos: Alegria
fora do comum. Me preparei desde a última edição no World Class, no qual fiquei
em 4º lugar no geral e venci a etapa Ritual Zacapa, e fui conhecer a Guatemala.
Chegando lá, você se depara com os campeões das etapas de seus países e se
inicia uma competição entre os melhores da América Latina. Fui consagrado
campeão e partir daí fixei a ideia de quer vencer o World Class a qualquer
custo.
Como as competições interferem em sua
carreira?
Matheus
Cunha: Como
interferem em minha carreira? Acho que em tudo. Evolução
como pessoa, visão e amar cada dia mais o que faço. Sem contar convites,
amigos, mídia, carreira etc... Gosto de competições, pelo encontro, por testar
cada vez mais meus limites. Posso dizer que minha carreira mudou muito depois de disputar alguns
campeonatos e de conhecer pessoas do Brasil todo.
J. Kennedy: Esta é a terceira
competição que eu participo e, particularmente, para mim o resultado sempre foi
positivo, tanto na parte de divulgação do meu trabalho quanto na parte de
aprendizado. Em resumo, tenho certeza que esse tipo de campeonato nos
faz querer ir além, ser um profissional melhor, e nos ensina coisas que
levaremos pro resto de nossa vida.
Diego
Barcellos: Hoje digo
que se tenho um destaque, boa parte é por conta das competições. Nos últimos seis
campeonatos no qual participei, conquistei quatro. Isso te gera mídia, sua responsabilidade aumenta, porque se
você se consagra o melhor, as pessoas esperam cada vez mais de você, então eu
mesmo me cobro cada vez mais. Mas lembre-se que competição não é tudo, se você
faz um bom trabalho na competição e deixa a desejar no bar que trabalha, algo
de errado tem. Mas eu vejo que todos hoje focam nisso, procure tratar seu
cliente da melhor forma possível e faça o mesmo na competição, assim você fica
mais a vontade.
O DIAGEO World Class é a maior competição
de bartending do mundo, desenvolvida pela DIAGEO RESERVE (divisão de
luxo da empresa) para capacitar e inspirar a criatividade dos melhores
bartenders, treinando suas habilidades e, muitas vezes, impulsionando suas
carreiras. Conhecido como o Oscar da coquetelaria, chega a sua quinta edição em
2013, que contou com a participação de mais de 10 mil profissionais
A DIAGEO é a
empresa líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium, com uma
incrível coleção de marcas nas categorias de bebidas alcoólicas, vinhos e
cervejas, incluindo os uísques escoceses JOHNNIE WALKER®, J&B®, BUCHANAN’S®
e OLD PARR, as vodcas SMIRNOFF®, KETEL ONE® e CÎROC™, o licor de creme irlandês
BAILEYS®, a tequila DON JULIO®, o gim TANQUERAY®, os runs ZACAPA®, PAMPERO®,
CACIQUE® e CAPTAIN MORGAN®, as cervejas GUINNESS® e RED STRIPE®, as cachaças
Ypióca® e Nega Fulô ®. A empresa multinacional opera em 180 países. Suas ações
são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (DEO) e na Bolsa de Valores
de Londres (DGE).
Para mais
informações sobre a DIAGEO, seus funcionários, suas marcas e seu desempenho,
visite www.DIAGEO.com.
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curiosidades do DIAGEO World Class
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