domingo, 17 de novembro de 2013

Degustação Uísque Trail - Single Malt Brasil por Alexandre Campos

Mais uma degustação guiada por Alexandre Campos, da Sinlgle Malt Brasil. O tema? Uísques americanos. Dentre eles, o favorito de Al Capone e um Bourbon com teor alcoólico de 69.7% ABV.

Antes, porém, algumas coisas que você precisa saber sobre uísques americanos e que muito me chamaram a atenção nessa degustação:

1-     Os termos “Whiskey” ou “Whisky” servem para dar nome à categoria;
2-     São produzidos diferentes tipos de uísques no EUA, dentre eles Single Malt, Korn, Bourbon, Rye e de Trigo/Wheat;
3-     Jack Daniels está registrado como Bourbon, apesar do marketing vendê-lo como “Tennesse Whiskey” e vários especialistas assim reafirmarem.

Sabendo desses fatos, farei um breve relato sobre a degustação

Foram sete rótulos, sendo o primeiro um conhecido dos bartenders mais antenados: EVAN WILLIANS,  um Bourbon do Kentucky, correto, honesto, bem feito e foi o primeiro a ser apreciado. Um Bourbon que mesmo os chatos bebedores de Jack Daniels teriam que dar o braço a torcer. Na sequência, o nosso conhecido Gentleman Jack. Diferente do Jack Black, duas vezes filtrado, tem aromas e sabores leves indiscutivelmente melhores elaborados. E aqui já estamos falando de um whiskey produzido no Tennesse e com um maior cuidado.
Nesse meio tempo, o especialista abordou questões básicas, intermediarias e avançadas sobre a história do uísque americano, como questões geográficas. Mas quem quiser saber mais, que faça o curso. Vou me ater aqui aos uísques degustados.

Eis que o terceiro degustado foi o primeiro em disparado. Parkers Heritage 139.4 Proof - 69.7% ABV. Onze anos em barrica fizeram muito bem a este senhor, que apesar da graduação alcoólica elevada, é aromático e deveras saboroso. O uísque mais interessante que já provei e, para mim, o melhor da mesa. Apesar de gostar muito de outros que estavam ali,  Parkers foi o que fiz questão de finalizar a taça. Um fato curioso é que ele ganha em potência durante o envelhecimento, graças a uma reação inversa ao processo rotineiro, onde os destilados perdem álcool no barril. Esse singular Bourbon se fortalece e perde água. (Para os que querem saber mais sobre isso, sugiro que  façam o curso ou aguardem um post futuro. O que vier primeiro).

Bernheim Original Kentucky Straight Wheat Whiskey! Duas palavras: especiarias e madeira, um bom uísque. Sem mais.

Templeton Rye este aqui, ao menos por mim, era um dos mais esperados da noite. Só o rótulo já valeria sem dúvida o seu lugar na prateleira de qualquer bar com um bom bartender. O mafioso Al Capone, símbolo do fornecimento ilegal que ocorria na época da lei seca americana, era fã deste estilo e foi justamente esse senhor quem possibilitou muitos bartendres a continuarem seus trabalhos durante a proibição. 

Nem é necessário que eu o descreva, mas vamos lá: No geral, equilibrado. Aromas que me arremeteram a pisco por um momento e na segunda prova, conversando com um companheiro, ao lado o embaixador Glenfiddich Christiano Protti  um aroma de açúcar queimado como o do Cremme Brullet. Esse estilo de uísque de centeio é da parte mais alta dos EUA, em especifico este do Yowa.
Um bate papo. Explicações de nosso anfitrião sobre estilos de barris de uísques americanos, legislação, queima, maturação e a importância do clima e altura do barril durante o repouso e sua interferência no uísque. Mais um gole e mais explicações sobre mitos do uísque americano como Tennesse Whiskey, grafia “Whisky” na garrafa de Makers Mark e Bourbon que pode ser feito em qualquer lugar do país.
Um gole em outro já bem conhecido desta casa e de seus frequentadores JACK DANIELS SINGLE BARRIL. Nada de novo, é bom e todos gostamos. É muito mais interessante do que o Gentleman ou o Jack Black . Honey, então, nem se fala, porque nem uísque é!

 E chegamos ao sétimo, que nos bares de São Paulo também já é habitue: Woodford Reserve, destilado três vezes em alambiques de cobre, este Bourbon é um americano especial. Rico em aromas e de líquido quase oleoso, fica na boca seu sabor. Os sabores de baunilha, caramelo e madeira são evidentes durante toda a prova. Se eu fosse apresentar a um amigo uísques americanos, eu ficaria com ele.

Para saber mais sobre uísques e sobre Alexandre Campos acessem http://www.singlemaltbrasil.com.br/

No site tem um material bem elaborado sobre variados uísques e a loja é regada de preciosidades que dificilmente vocês iram encontrar em lojas a um preço tão convidativo.

O Autor:
Rodolfo Sousa Bob Rodolfo Sousa Bob é gastrônomo, mixologista, treinador. Sommelier formado pelo SENAC. Especialista nível 2 Wine and Spirits Education Trust. Administrador do blog OBARVIRTUAL.

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