Mais uma degustação guiada por Alexandre Campos, da Sinlgle Malt Brasil. O tema? Uísques americanos. Dentre eles, o favorito de Al Capone e um Bourbon com teor alcoólico de 69.7% ABV.
Antes, porém, algumas coisas que você precisa saber sobre
uísques americanos e que muito me chamaram a atenção nessa degustação:
1-
Os termos “Whiskey” ou “Whisky” servem para dar
nome à categoria;
2-
São produzidos diferentes tipos de uísques no EUA,
dentre eles Single Malt, Korn, Bourbon, Rye e de Trigo/Wheat;
3-
Jack Daniels está registrado como Bourbon,
apesar do marketing vendê-lo como “Tennesse Whiskey” e vários especialistas
assim reafirmarem.
Sabendo desses fatos, farei um breve relato sobre a
degustação
Foram sete rótulos, sendo o primeiro um conhecido dos
bartenders mais antenados: EVAN WILLIANS, um Bourbon do Kentucky, correto, honesto, bem
feito e foi o primeiro a ser apreciado. Um Bourbon que mesmo os chatos
bebedores de Jack Daniels teriam que dar o braço a torcer. Na sequência, o
nosso conhecido Gentleman Jack. Diferente
do Jack Black, duas vezes filtrado, tem aromas e sabores leves
indiscutivelmente melhores elaborados. E aqui já estamos falando de um whiskey
produzido no Tennesse e com um maior cuidado.
Nesse meio tempo, o especialista abordou questões básicas,
intermediarias e avançadas sobre a história do uísque americano, como questões
geográficas. Mas quem quiser saber mais, que faça o curso. Vou me ater aqui aos
uísques degustados.
Eis que o terceiro degustado foi o primeiro em disparado. Parkers Heritage 139.4 Proof - 69.7% ABV. Onze
anos em barrica fizeram muito bem a este senhor, que apesar da graduação
alcoólica elevada, é aromático e deveras saboroso. O uísque mais interessante
que já provei e, para mim, o melhor da mesa. Apesar de gostar muito de outros
que estavam ali, Parkers foi o que fiz
questão de finalizar a taça. Um fato curioso é que ele ganha em potência
durante o envelhecimento, graças a uma reação inversa ao processo rotineiro,
onde os destilados perdem álcool no barril. Esse singular Bourbon se fortalece
e perde água. (Para os que querem saber mais sobre isso, sugiro que façam o curso ou aguardem um post futuro. O
que vier primeiro).
Bernheim Original
Kentucky Straight Wheat Whiskey! Duas palavras: especiarias e madeira, um
bom uísque. Sem mais.
Templeton Rye este aqui, ao menos por mim, era um dos mais esperados da
noite. Só o rótulo já valeria sem dúvida o seu lugar na prateleira de qualquer
bar com um bom bartender. O mafioso Al Capone,
símbolo do fornecimento ilegal que ocorria na época da lei seca americana, era
fã deste estilo e foi justamente esse senhor quem possibilitou muitos
bartendres a continuarem seus trabalhos durante a proibição.
Nem é necessário
que eu o descreva, mas vamos lá: No geral, equilibrado. Aromas que me
arremeteram a pisco por um momento e na segunda prova, conversando com um
companheiro, ao lado o embaixador Glenfiddich Christiano Protti um aroma de açúcar queimado como o do Cremme Brullet.
Esse estilo de uísque de centeio é da parte mais alta dos EUA, em especifico
este do Yowa.
Um bate papo. Explicações de nosso anfitrião sobre estilos
de barris de uísques americanos, legislação, queima, maturação e a importância
do clima e altura do barril durante o repouso e sua interferência no uísque.
Mais um gole e mais explicações sobre mitos do uísque americano como Tennesse
Whiskey, grafia “Whisky” na garrafa de Makers Mark e Bourbon que pode ser feito
em qualquer lugar do país.
Um gole em outro já bem conhecido desta casa e de seus
frequentadores JACK DANIELS SINGLE
BARRIL. Nada de novo, é bom e todos gostamos. É muito mais interessante do
que o Gentleman ou o Jack Black . Honey, então, nem se fala, porque nem uísque
é!
E chegamos ao sétimo,
que nos bares de São Paulo também já é habitue: Woodford Reserve, destilado três vezes em alambiques de cobre, este
Bourbon é um americano especial. Rico em aromas e de líquido quase oleoso, fica
na boca seu sabor. Os sabores de baunilha, caramelo e madeira são evidentes
durante toda a prova. Se eu fosse apresentar a um amigo uísques americanos, eu
ficaria com ele.
Para saber mais sobre uísques e sobre Alexandre Campos
acessem http://www.singlemaltbrasil.com.br/.
No site tem um material bem elaborado sobre
variados uísques e a loja é regada de preciosidades que dificilmente vocês iram
encontrar em lojas a um preço tão convidativo.
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