quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Classificatória São Paulo, Grey Goose"Vive La Revolution"

Na úlima terça-feira (30/out) ocorreu a etapa São Paulo do campeonato da Grey Goose.
O mais surpreendente é que estava tão pontual que eu acabei me atrasando. Indícios de um país em desenvolvimento?


Sobre o que nos interessa, cheguei a tempo de assistir as apresentações dos primeiros colocados: Matheus Cunha e Marcelo Vasconcelos, respectivamente.

E digo que há tempos não experimentava em competições de coquetelaria um coquetel tão equilibrado quanto o do competidor Marcelo Vasconcelos.

O mais impressionante é que todos ingredientes sugeridos por ele na receita estavam em evidência e bem balanceados.

Mas como assim, Bob? Não é um campeonato de coquetelaria? Todos os coquetéis não deveriam ser bons?



Não, meu amigo. Nem todos são bons e lhe digo mais, meu leitor desavisado: Nem sempre o melhor coquetel ganha.

Não estou entendendo, Bob. Como em um campeonato o melhor coquetel não ganha?

Pois é isso mesmo, caro leitor. Em uma competição deste formato diversos critérios são avaliados. Ex: melhor apresentação, nível técnico de produção, etc... mas isso é tema para um outro post.

Para ficar claro é muito bom este jeitão de avaliar, normalmente ganha o melhor conjunto de obra, execução técnica, apresentação, contextualização e qualidade do coquetel. Isso torna a disputa mais acirrada, interessante e força os competidores a evoluírem em diversos aspectos. Diferente dos campeonatos clássicos ao estilo IBA, ABB onde os competidores apresentam em silêncio ou falando bobagens e o público tem vontade de se embriagar com álcool 90 pra aguentar até ao fim da competição ou tomar um Cicuta Martini com crusta de Racumin para extinguir o sofrimento.

Continuando minha saga, a apresentação do Matheus Cunha este ano foi realmente muito boa.


Seguindo a tendência de rituais ele utilizou uma técnica de defumação sem equipamentos sofisticados e mostrou que coquetelaria se faz na raça e na qualidade e não com o brinquedinho mais caro.

Outro destaque segundo meu amigo Thiago Pereira que assistiu e afirmou que “o coquetel do Henrique Medeiros estava muito bem equilibrado, um dos melhores”.



Eu experimentei o Amaro que ele utilizou e digo para vocês que puro era uma delicia, só faltava gelo. Junto com seu famoso Couli de Jabuticaba e vodka Grey Goose tenho certeza que o resultado deve ter sido no mínimo interessante.

Muito bem nessa edição foi Jéssica Sanchez que infelizmente não se classificou para final, mesmo obtendo o quarto lugar.



Gisele e Henrique empataram na pontuação  e passra, como terceiros colocados, subtraindo a vaga do quarto colocado, uma vez que só quatro competidores de SP estariam na final. De qualquer forma amigos presentes compartilharam comigo suas impressões e confirmaram que Jéssica realmente fora muito bem e alguns indagaram que sem duvida ela deveria estar também na final.

Esperemos a grande final! Enquanto isso curtam a receita do
Campeão Matheus Cunha, que nos fez a gentileza de descrever sua rotina e dividir a receita de seu coquetel.

Em breve disponibilizo o vídeo aqui pra vocês.
Segue a descrição enviada por ele próprio sobre seu coquetel... Enjoy!!!
 

Nome do cocktail: Violeta

 Ingredientes:
50ml de Grey Goose la poire
15ml de xarope de flores caseiro
15ml de suco de lima e limão
10ml de creme de violeta
10 ml de vinho do porto branco defumado
Canela em pau para defumar
Spray de cascas cítricas

Modo de preparo:

Em um pires coloque a canela em pau em forma de fogueira e embeba com alcool de cereais e flambe. Abafe o fogo com a taça.
Adicione o vinho do porto na parte do pires que ficou pra fora da taça que, através da troca de calor, passará para o lado de dentro já num processo de defumação com a canela. Vire a taça para cima, tire as canelas de dentro, deixando só o vinho defumado.
Acrescente todos os outros ingredientes na coqueteleira, coloque gelo e bata.
Dupla coagem na taça.
A apresentação do coquetel foi montada numa bandeja com um vazo com trigo e gelo seco, onde foi colocado Grey Goose La Poire, resultando numa nuvem de fumaça com aromas característicos da vodka.
Na bandeja haviam LED's com as cores da bandeira da França, que refletiam na fumaça.
  Cheers!
By Matheus Cunha

Abs Rodolfo Sousa -Bob-

O Autor:
Rodolfo Sousa Bob Rodolfo Sousa Bob é gastrônomo, mixologista, treinador. Sommelier formado pelo SENAC. Especialista nível 2 Wine and Spirits Education Trust. Administrador do blog OBARVIRTUAL.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | coupon codes