Este que vos escreve está a frente do curso de formação de bartenders realizado na ONG Colmeia e que conta o patrocínio da gigante DIAGEO, através do projeto “Learning For Life” que contribui para a formação profissional e cidadã de jovens entre 18 a 33 anos.
O curso realizado na Colmeia tem por objetivo não apenas
formar mais um profissional que irá trabalhar no bar detendo os conhecimentos básicos
de coquetelaria, mas sim formar cidadãos com foco e responsabilidade no serviço
com bebidas alcoólicas e consumo responsável, preparando esses jovens para o
mercado de trabalho. Para isso, o projeto conta com o auxilio de profissionais
das áreas de pedagogia, hotelaria, além de professores de formação humana. Para
os que ficaram interessados, haverá novas vagas gratuitas em janeiro. [Para saber
mais sobre a ONG Colmeia e outros cursos, como Barista e Turismo, é só clicar
no link]. http://www.colmeia.org.br/v1/
Indo agora direto ao ponto, quero dividir com meus leitores
a receita vencedora da tradicional competição que encerra o curso, uma espécie
de TCC com direito a apresentação de sua teoria
e a degustação do trabalho.
Na última turma, o coquetel vencedor foi do aluno Oswaldo
Brizzi (Wado), uma mistura complexa e bem equilibrada que superou de longe
muito dos coquetéis que experimento em bares de São Paulo. E lembrem-se,
estamos falando de uma turma de coquetelaria com jovens iniciantes e sem
experiência.
Wado apresentou um conceito intrigante ao apresentar um
coquetel que leva ingredientes, apontados por ele mesmo, como inerentes a ideia
de bebidas exclusivamente quentes (café e uísque escocês) e partiu com a ideia
de subverter esta percepção, os transformando em ingredientes de um drink
refrescante. Durante os testes me contou que não estava muito contente em usar
o Red Label e, principalmente, o licor nacional de café, que é para lá de
desequilibrado, amarga e adoça excessivamente. Pois bem, a primeira solução foi
fácil. Lembrei-me que havia recebido uma garrafa de Haig Supreme e disse que
este tinha um perfil mais intenso de aroma. Ele testou e aprovou. A segunda fase
foi substituir o licor industrializado por um ingrediente artesanal. Apontei
alguns posts e lhe dei algumas dicas de sites e blogs interessantes, e o acompanhei
durante alguns testes para chegar a um licor de café artesanal de boa
qualidade. Vejam bem, eu apenas o auxiliei, o interesse e disposição foram totalmente
dele. Fato curioso quando penso na maioria dos bares que insistem em trabalhar
com produtos de baixa qualidade com a desculpa de que “é mais prático”.
Aqui segue a receita do coquetel e a receita artesanal do
primeiro licor artesanal feito por um bartender aspirante e vencedor de
competição:
60ml de
whisky escocês Haig Supreme
30ml de café expresso resfriado
22,5 ml de licor artesanal de café
15 ml de limão siciliano
Refrigerante de Cola para completar
Servido em copo Hurricane Guarnição: Squeeze de limão
siciliano
Em um mixing glass resfriado, adicione o whisky, o café
expresso, o licor de café e o limão siciliano. Mexa bem para resfriar e
homogenizar o drink. Sirva em um copo Hurricane com gelo. Complete o copo com o
refrigerante de cola (aproximadamente 50ml). Descore com um squeeze de limão
siciliano. Sirva. Aproveite.
3 comentários:
Graaaaaaande Rodolfo Bob! Sem dúvidas eu e toda essa galera devemos a você todo esse conhecimento adquirido e aprimorado durante as aulas. Sempre muito competente e eficaz ao nos ensinar o básico na arte da mixologia e coquetelaria!!
Valeu por todo o apoio e todo o incentivo!
E que venha o futuro a todos!!! :D
Salve Wado,
sucesso a você e a todos nesta jornada mixológica...
Grande abç
Boa dica para relembrar "licor de café mexicano com refrigerante de Cola" muito bom.
Abraços e sucesso!!
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